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Endometriose: doença atinge uma a cada 10 mulheres no Brasil

Especialista em cirurgia por vídeo, Dr. Thiers Soares explica os principais sintomas e tratamentos para doença que já atingiu Tatá Werneck, Wanessa Camargo e Malu Mader


Foto divulgação: banco de imagens


Segundo dados do Ministério da Saúde, uma a cada 10 mulheres entre 25 a 35 anos no Brasil sofre de endometriose, doença inflamatória do sistema reprodutor feminino, que acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero por dentro, se implanta em vários locais na cavidade abdominal, como ovário, intestino e bexiga. Durante o mês de março, campanhas como o Março Amarelo, mês mundial de conscientização da endometriose, reforçam a importância sobre os cuidados com a saúde da mulher em relação à doença.


De acordo com o Dr. Thiers Soares, especialista em cirurgia por vídeo e robótica, muitos casos demoram anos para serem diagnosticados. O atraso médio mundial é de 8 anos entre as primeiras queixas e o diagnóstico definitivo.


A identificação acontece, muitas vezes, a partir de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve. “A demora em diagnosticar os focos da doença pode levar ao estado mais grave do quadro, quando é necessário partir para uma intervenção cirúrgica”, explica o médico. Mesmo assim, é importante lembrar que a endometriose não tem cura. Ela é uma condição crônica, que deve ter acompanhamento constante.


No Brasil, 15% das mulheres, ou 7 milhões, sofrem com a doença. Famosas como a apresentadora Tatá Werneck, a cantora Wanessa Camargo e a atriz Malu Mader já relataram sofrer com a condição e recorreram à cirurgia para aliviar as dores.

Muitas mulheres manifestam o medo de não conseguirem engravidar devido a endometriose, mas o especialista em laparoscopia e robótica afirma que com o tratamento adequado para cada caso, é totalmente possível que a paciente tenha uma vida reprodutiva normal.


Principais sintomas


Entre os principais sintomas da endometriose estão as cólicas fortes - as quais podem impedir a mulher de praticar atividades comuns, como trabalho e exercícios físicos - e as dores abdominais frequentes, que podem também ocorrer fora do período menstrual. Além desses, também são comuns:


  • Sangramento menstrual desregulado e intenso

  • Fadiga e Cansaço

  • Sangramento intestinal durante o período menstrual

  • Dores fortes durante relações sexuais

  • Dificuldade de engravidar


Tratamentos avançados diminuem riscos e cicatrizes


Primeiramente é importante realizar um acompanhamento com o ginecologista para entender o grau da condição e como prosseguir com o tratamento. Muitas vezes, o uso do anticoncepcional para suspender a menstruação é adotado para reduzir as dores.


Mesmo assim, quando necessário intervenções cirúrgicas, a ciência já avançou bastante para garantir procedimentos mais simples, que causem menos impacto na rotina dos pacientes.


Em alguns casos, recomenda-se a videolaparoscopia, cirurgia para a retirada dos focos de endometriose espalhados pelos órgãos. “A maioria das pessoas não sabe, mas existem métodos minimamente invasivos para esse procedimento, como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica”, explica o especialista.


Essas técnicas têm um pós-operatório muito mais seguro, com menos tempo de internação, menos chance de infecção e trombose, retorno mais precoce às atividades diárias e ao trabalho, entre outras vantagens.


Com os avanços tecnológicos, atualmente, a robótica é a técnica mais moderna e chega como alternativa para diminuir a necessidade de procedimentos mais complexos. Diferente da videolaparoscopia, a modalidade traz a visão 3D para a rotina do cirurgião, com movimentos mais refinados e articulação dos instrumentos muito mais ampla em comparação com a videolaparoscopia.


Apesar da facilidade, nem todos os profissionais estão aptos a trabalhar com o equipamento, sendo necessário uma habilitação especial.Segundo o especialista, campanhas como o Março Amarelo ajudam no alerta para identificar a doença, onde “a informação é o primeiro passo para o diagnóstico precoce e, com isso, evitarmos o comprometimento da qualidade de vida das pessoas afetadas por essa doença tão enigmática”, afirma.


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